O smog é essencialmente ozono formado ao nível do solo, consequência da libertação de NOx na queima de combustíveis fósseis. A Administração Obama não só recusou a sugestão da EPA como se prevê que novas revisões não aconteçam antes de 2016. A debilidade económica é apontada como a razão para não se colocar restrições à emissão de poluentes para a atmosfera. Essa diminuição só seria concretizada penalizando os emissores, nomeadamente as centrais térmicas a carvão.
O carvão ainda é a principal fonte primária de electricidade dos EUA e os recentes estímulos concedidos pelo Presidente ao sector das energias renováveis foram um claro fracasso na alteração desse paradigma. Naturalmente a concretização de uma franca redução de criação de smog nos EUA só será atingida quando se trocar o carvão pela única forma capaz de gerar energia eléctrica de base em larga escala, a cisão nuclear.
Já existem indícios de que isso poderá acontecer no maior (talvez já não seja) consumidor de electricidade do mundo o que poderá significar boas notícias para as exportações portuguesas. Em todo o caso a exploração de shale gas aconselha a refrear os ânimos em relação à possibilidade de os EUA voltarem a apostar francamente no nuclear. Contudo isso não invalida que, à semelhança de todos os países no mundo incluindo Alemanha ou Japão, só uma aposta clara na energia nuclear permitirá à humanidade ter a veleidade de cumprir os objectivos ambientais que se vai impondo em voluntariosos protocolos internacionais.
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