Saldo exportador/importador electricidade alemã (Bundesnetzagentur) |
Muito mais interessante é a forma como essa falta foi suprimida. Previsivelmente, a Alemanha teve de recorrer aos maiores exportadores europeus de electricidade. A Electricité de France (EDF), que tem compensado a falta de energia nuclear germânica com energia nuclear gaulesa. E a checa CEZ que vende aos alemães parte da electricidade produzida na central nuclear de Temelín a cerca de 100km da fronteira com a Alemanha. Também a Polónia tem ajudado a cobrir a falta de energia nuclear limpa alemã. Fá-lo com a electricidade produzida da forma mais venenosa que existe, a obtida com queima de carvão castanho ou linhito. Mas não só.
O jornal Der Spiegel, que tem dado bastante atenção a este tema do fim do nuclear na Alemanha, vem revelar que também os austríacos, deficitários em produção eléctrica e importadores de electricidade nuclear alemã até Março, querem explorar este filão que se abriu no seu vizinho.
Barragem nos Alpes Austríacos |
Como a Áustria não tem excedente produtivo adquire energia nuclear a Temelín nas horas de vazio para depois vender aos alemães nas horas caras de pico fazendo uso da capacidade de bombagem das suas barragens.
Os alemães e os austríacos parecem ter esquecido a luta que vêm travando há mais dez anos para fechar a central nuclear de Temelín sob o pretexto da falta de segurança. Temelín começou a ser construída na década de 1980 e está equipada com tecnologia russa.
Sem comentários:
Enviar um comentário