Destino final - Poceirão |
As experiências do comboio de alta velocidade em França, Japão, Alemanha, Espanha ou, mais recentemente, na China têm mostrado que, em distâncias até aos 750 km, a ferrovia de alta velocidade, ou high speed rail (HSR) pode ser competitiva face ao transporte aéreo. A China até inaugurou recentemente a linha Pequim-Xangai com 1.300 km de distância. Apesar de circular a cerca de 1/3 da velocidade de uma aeronave de passageiros, parte normalmente do centro das cidades e o processo de embarque é mais rápido o que se traduz em viagens de igual duração. E o comboio tem as vantagens de não restringir tanto peso das bagagens, oferecer mais conforto e menor impacte ambiental.
Claro que é necessário que haja procura para viabilizar o investimento e evitar casos como os que já aconteceram em Espanha com o encerramento de linhas de alta velocidade por falta de passageiros. Esse é um dos aspectos que se aponta contra o projecto entre as capitais ibéricas mas sobre o qual não me debrucei pelo que não posso comentar. Agora, aquilo que é óbvio é que uma linha de alta velocidade Poceirão-Madrid será uma risada franca. Ainda para mais quando Lisboa tem um dos aeroportos europeus mais próximos do centro da cidade. Quem é que se vai dar ao trabalho de ir ao Poceirão apanhar o TGV para Madrid? Só os mais ferrenhos entusiastas do transporte ferroviário!
Apeser de tudo o Ministro Santos Pereira revela bom senso quando insiste na prioridade que pretende dar ao transporte internacional ferroviário de mercadorias.
Suspeito que os intercambiadores, que foram alvo de tanta chacota há seis anos atrás, irão agora regressar em força lá para os lados do Poceirão.
ResponderEliminarTudo isto me parece ser uma "história" mal contada. De um lado temos as imposições e cortes que tanto estragulam a economia nacional e do outro a estravagância de um transporte que será, previsivelmente, pouco utilizado.
ResponderEliminar-Será que a Alemanha quer que poupemos para podermos gastar nas empresas alemãs, como sejam a Simens, ligada à alta tecnologia dos TGV?
É que a Alemanha emprestou dinheiro à Grécia para esta depois lhe comprar submarinos.
Pobre povo português.