domingo, 18 de setembro de 2011

A parcialidade anti-nuclear do jornalismo português

A postura anti-nuclear é a norma na comunicação social portuguesa. já o tenho mencionado em alguns posts. Se alguns orgãos a ignoram outros remetem-na à mais grosseira discriminação. O Público é um bom exemplo de jornalismo desinformado e enganador relativamente à energia nuclear. Os exemplos são inúmeros. Em 2011, este jornal diário, através do seu caderno Ecosfera, tem divulgado todo o lixo intelectual proferido pelo anterior Primeiro-Ministro do Japão Naoto Kan sobre o nuclear mas omitiu escandalosamente a decisão inevitável do actual PM de dar luz verde à reactivação do parque de centrais nucleares nipónicas.

Este fim de semana o Público deu-nos mais uma pérola de jornalismo tendencioso. A manifestação de algumas pessoas, ditas ambientalistas, a reclamar o encerramento da central nuclear de Almaraz foi devidamente destacada. Já sobre o protesto na China contra a poluição provocada por uma fábrica de painéis solar fotovoltaicos nem uma palavra.

Nem é preciso mencionar a imprecisão técnica dos textos da maioria destas notícias ou o alarmismo dos títulos. Só como exemplo, também este fim de semana, o Público noticia que a Siemens abandona a energia nuclear como se a decisão tivesse algum carácter ideológico. Mais, na legenda da fotografia que acompanha o texto escreve "A Siemens quer tornar-se um grupo pioneiro das energias verdes". No entanto, no corpo da notícia cita o Director-executivo da multinacional alemã afirma:
 “No futuro vamos continuar a fornecer peças convencionais, como as turbinas. Isso significa que nos vamos concentrar em tecnologias que não sirvam só para o nuclear mas que também sejam necessárias em centrais a gás ou a carvão”
Esta decisão tem mais que ver com a vontade alemã de substituir centrais nucleares por termoeléctricas a carvão e gás do que outra razão qualquer.

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