Via Espectador Interessado li o artigo de opinião de Mira Amaral no Expresso de ontem e não fiquei completamente surpreso quando aparece escrito que Moreira da Silva ambiciona ser ministro da Energia, Transportes e Ambiente. Não que eu faça parte do PSD ou tenha acesso a informação interna mas algumas coincidências levaram-me a pensar:
- Quando ouvi Henrique Gomes, secretário de estado da Energia, apresentar a estratégia do governo para a área da energia das primeiras coisas que pensei é que se Moreira da Silva não tinha sido o pai pelo menos foi o padrinho do plano. Moreira da Silva é um ecotópico cuja visão de planeamento energético para o país assenta na eficiência energética. Como tenho escrito neste blogue eficiência energética é mais um objectivo ambiental do que energético. Deve ser uma meta para desenvolver paralelamente a um plano energético realista e não o cerne da estratégia para o sector energético.
- Quando fez a apresentação Henrique Gomes destacou no slide 44 que o ministério da Economia ia criar um grupo de estudo do nuclear (eu sei porque estava a assistir). Na altura não me surpreendeu dado que em Setembro, na televisão, o ministro Álvaro Santos Pereira tinha admitido estudar a hipótese nuclear. Achei muito curioso quando me apercebi mais tarde, no pdf da apresentação disponibilizada no site da Ordem dos Engenheiros, que o item da criação do grupo de trabalho do nuclear (pág. 44) foi apagado do documento. Moreira da Silva é um conhecido opositor de energia nuclear.
- Desde que Álvaro Santos Pereira tomou posse que quase todos os analistas em Portugal, mesmo os do PSD, têm dito que o seu ministério é demasiadamente grande, praticamente ingovernável. Haverá vontade de aliviar o ministério da Economia das pastas da energia e transportes?
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