quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mobi.e sem freguesia

Em breve coberto de graffitis
Via Correio da Manhã, o projecto europeu Mobile Energy Resoures for Grids of Electricity (MERGE) prevê que, em 2020, só 2% dos veículos a circular em Portugal sejam eléctricos. Um resultado que não surpreende ninguém com bom senso e sobre o qual já tinha escrito no blog. Outra evidência revelada pelo estudo é a de que "nos próximos anos, o carregamento das baterias será feito preferencialmente em casa dos consumidores ou em áreas privadas, como é o caso de centros comercial e de parques de estacionamento privados".

Temos de perguntar o que vai acontecer aos postos Mobi.e que têm sido plantados um pouco por todas as cidades, muitos deles em zonas privilegiadas e com escassez de estacionamento. Como é de se prever as máquinas vão ser deixadas ao abandono sujeitas ao vandalismo e à abrasão do tempo (na verdade hoje em dia uma boa percentagem de posts já não funciona). Os lugares vão passar a ser ocupados por carros convencionais, os únicos que precisam deles.

Mais do que os poucos milhões de euros que o Mobi.e já custou o mais gritante neste exemplo é a forma como cenários irreais norteiam muitas políticas nacionais.

2 comentários:

  1. Hum que estranho,eu uso e uma pequena comunidade... passa na novaenergia.pt e afinal não somos tão poucos... alias sempre a crescer. O mapa electrompas.com já ganhamos aos espanhois!

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  2. Há utilizadores mas não há suficientes para justitificarem tantos postos Mobie. Na zona onde resido raramente vejo um veículo eléctrico a utilizar e habitualmente estão ocupados por carros normais.

    O exemplo Mobie mais do que o custo directo que tem ilustra bem a irracionalidade do investimento português no sector eléctrico. Investimentos que não tiveram retorno praticamente nenhum. Maus investimentos que nos fazem pagar uma factura elevada sem que haja proveito.

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