A Índia poderá ter em 2020 um reactor nuclear experimental a produzir 300 MWe a partir da cisão de tório. O interesse indiano neste combustível prende-se com o facto de o país mais populoso do mundo dentro de poucas décadas ser também detentor das maiores reservas de tório do mundo. Para a humanidade esta notícia é importante dado que o tório é cerca de 4 vezes mais abundante do que o urânio para além de menos radioactivo. A utilização de tório como combustível dos reactores nucleares ao invés de urânio vem mitigar duas das maiores preocupações que rodeiam este tipo de energia, a longevidade das reservas de combustível e a gestão de lixo radioactivo.
Esquema de um reactor nuclear do tipo SFR |
Enquanto europeu acho particularmente preocupante que o Velho Continente possa perder a corrida no desenvolvimento de novas soluções de energia atómica. A industrialização de reactores nucleares que usem tório ou U238 como combustíveis será uma mina de ouro para exportação. O futuro da geração de electricidade de base passa por aqui e nenhum país passará ao lado. Aqueles que não tiverem a tecnologia terão que a importar.
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