Reactor nuclear holandês de Borselle (400 MW) |
Ainda antes desta tomada de decisão os holandeses sempre tiveram alguma parcimónia a instalar potência renovável, nomeadamente eólica. Hoje não chega a existir 2.300 MW de potência eólica na Holanda graças a uma política que apenas atribui incentivos à instalação dos parques e não à produção, como devia ter sido feito, pelo menos no caso da co-geração, em Portugal. Esta reduzida instalação também se deve à resistência exercida por uma população esclarecida activa na contestação que faz ao impacte visual das turbinas e à competitividade da electricidade assim gerada. Se a Holanda quisesse atingir a meta de integração de 20% de fontes renováveis na produção energética teria de ter 12.000 MW de potência eólica no país.
Gráfico do desperdício de eólica na Holanda |
Um estudo holandês sobre a capacidade de escoamento de energia eólica concluiu que a partir dos 4.000 MW de potência produzida se começa a desperdiçar energia.
Desperdiçar energia por excesso de eólica instalada é algo que o Reino Unido já tem experimentado de forma bem dispendiosa. Mas os britânicos estão com os holandeses na convicção de que o futuro passa pelo nuclear. Talvez porque a comunicação social inglesa tem exposto a irracionalidade da desmedida aposta renovável, os súbditos de Sua Majestade têm-se tornado mais favoráveis à aposta na energia nuclear mesmo depois do tsunami do Japão. O Reino Unido tem reunidas todas as condições para replicar, no futuro, a sustentabilidade energética que a França já goza.
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