quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Governo sem ideias para manter preço da electricidade

A 9 dias da apresentação do Orçamento de Estado 2012 diz o Diário Económico que o governo não sabe como evitar a subida do preço da electricidade em 30% para consumidores domésticos e 55% para empresas. Relembre-se que a subida do IVA que acontece este mês não afecta as empresas, que o conseguem deduzir, porém o aumento previsto para 2012 incide sobre a própria tarifa.

A recentemente anunciada medida de incidir uma taxa adicional sobre as termoeléctricas que não vendam ao preço de mercado morreu à nascença. Ao que tudo indica as pressões da EDP em processo de privatização foram mais fortes. Sobre as intenções do Ministro da Economia em rever os apoios à produção em regime especial (PRE) para já nada em concreto se soube. Cortar nas PRE seria a forma mais fácil e justa de evitar uma subida tão elevada do preço, e também a que teria capacidade de atingir efeitos mais visíveis.

8 comentários:

  1. Sem duvida que a saída será o nuclear, e deixar de investir no sector das renováveis, aqui vai a factura:
    Investimento de Central - 4 mil Milhões
    Ligação a rede - 500 Milhões
    Desmantelamento de Unidade após vida Útil - Mil Milhões
    E anda a criação de organismo de controlo Estatal.

    Sem duvida uma factura bem mais leve que as renováveis...

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  2. Caro Anónimo,

    É verdade que uma central nuclear exige um investimento inicial muito elevado mas opera durante 60 anos com custos marginais baixos.

    Uma central nuclear de 1.650MW é capaz de produzir 12.286GWh/ano. Produzir essa electricidade em turbinas custaria aos portugueses (aos €90/MWh actuais) €1,1M, ou seja, em 6 anos está a central nuclear paga.

    Seria muito difícil conseguir-se tanta produção renovável:

    http://luzligada.blogspot.com/2011/08/peninsula-iberica-case-study-em-consumo.html

    Mas admitindo que sim, é necessário somar os custos de centrais térmicas e barragens reversíveis que estabilizam a produção renovável. Só esses custos adicionais são mais caros do que uma central nuclear.

    http://luzligada.blogspot.com/2011/08/os-numeros-do-programa-nacional-de.html

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  3. http://fiel-inimigo.blogspot.com/2011/10/conta-calada.html

    Chapelada.

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  4. O Diário Económico têm interesses fortes na Religião Verde! É provável que eles estejam a lançar contra-informação, como é tão típico nos últimos tempos. A quem interessa isso?

    Ecotretas

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  5. O problema é velho e tem barbas.
    A verdade da questão energética por muito que se diga não é a produção mas sim a eficiência no seu uso. E nisso niguém fala, porque será...ah é verdade o loby é fraquinho, não dá grande massa a malta.
    Já que se fazem tantas contas, porque não olhar para o que se passou em Chernobly, Mile Island, Fukushima, Erwin, Tsuruga, Tomsk, Tokai, alguém sabe de quanto é a factura, ou não interessa!!

    É que contas são contas, e estas também sãe dos bolsos dos contribuintes....

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  6. Sr. Bruno

    Tenho grande respeito pelo seu trabalho de pesquisa e divulgação dos diferentes tipos de energia, mostrando suas vantagens e desvantagens.Talvez isso ajude os 70% de Portugueses que são contra a energia nuclear a alterar a pouco e pouco a sua posição.
    EU sou 100% pela energia nuclear, depois de também pesquisar, ver esquemas de reactores actuais e os vários projectos de futuros reactores, seu impacto no ambiente, medidas de segurança, etc.
    Quer queira-mos quer não, o futuro de Portugal depende da politica energética escolhida pelo governo.
    A triste noticia, é que Portugal não tem politica energética a médio e longo prazo que inclua a energia nuclear, duvido até que na longa lista de cursos inúteis das universidades, engenheiro/técnico nuclear conste dessa lista.
    A verdade dos fatos é fria, só a energia nuclear pode satisfazer a crescente procura de energia, de preferência abundante e barata.
    Energia barata igual a investimento estrangeiro, maior competitividade dos produtos nacionais, criação de empresas, exportações, emprego, etc.
    O dinheiro investido em renováveis é dinheiro queimado e os bolsos dos Portugueses são os que mais ardem para engordar os bolsos de meia dúzia de "accionistas" .
    Se os políticos escolherem ficar fora do barco da energia nuclear, esta jangada presa com fios de lã podre, afunda e dos fracos não reza a historia.
    Quanto ao anónimo de 07/10/2011 20:30, tem o direito de opinião, mas má escrita tira credibilidade: sãe dos bolsos?
    contas são contas e estas SAI-EM dos bolsos da EMPRESA RESPONSÁVEL, não dos bolsos dos contribuintes.E lobys há para todos os gostos e feitios, sendo o loby das energias renováveis o mais mentiroso, falso, que assusta as pessoas com as alterações climáticas, aquecimento global
    como justificação para lançar taxas(impostos) para o bem global(deles).

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  7. Caro Sr. João Paulo.

    É evidente que custa a muita gente o sucesso das renováveis, como eu entendo o Bem. Mas como explica que os novos Países emergentes estejam a apostar cada vez mais neste sector, veja-se a titulo exemplar o Brasil, que esta prestes a lançar programas muito ambiciosos. Como analisa então a saída do Nuclear da Alemanha (tão só o motor da Europa) e Suíça?? Serão os iluminado Portugueses que terão razão!! Pois se calhar até podem ser, mas como é que um País repleto de iluminados e ortograficamente perfeitos, tenha sido intervencionado três vezes em 30 anos pelo FMI!!

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  8. Caro João Paulo,

    Também sou da opinião que a energia nuclear é a melhor opção para se produzir electricidade de base economicamente competitiva e ambientalmente compatível. E por isso a existência deste blog para desmistificar ideias erradas enraizadas na nossa opinião pública.

    Caro anónimo,

    As renováveis têm sido um sucesso para os produtores, não para os consumidores. Os países emergentes têm apostado nas renováveis porque boa parte do investimento tem sido pago com dinheiro europeu e americano ao abrigo de um programa doentio chamado CDM sobe o qual já escrevi. Ainda há pouco tempo postei sobre o parque eólico chinês estar parcialmente desligado da rede em períodos de muito vento. Apesar dos números a instalação de geração renovável nesses países não consegue acompanhar a crescente procura pelo que daqui a alguns anos a irrisória contribuição renovável poderá ainda ser menor do que hoje.

    O exemplo que deu do Brasil é bom. Como sabe este é um país com enormes recursos hídricos e por isso a maior parte da sua electricidade vem de barragens. Mas o Brasil está a diversificar as fontes de electricidade e a energia nuclear assegura 3% da produção. E entre 2016 e 2025 cinco novos reactores entrarão ao serviço. A energia nuclear no Brasil valerá mais do que as renováveis da moda.

    A Alemanha e a Suiça ainda não abandonaram o nuclear. Veremos se o cumprem. Para já, e como já mostrei no blog, a Alemanha tem compensado a falta de oito reactores nucleares comprando energia nuclear a França e à República Checa.

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