Infelizmente esses tempos de abundância e desafogo económico terminaram. Porém, o legado não e existe uma limpeza de "gorduras" que deve ser feita. Como sugestão de exemplo de boas práticas aconselho a revogação da resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2009 que diz respeito a mobilidade eléctrica ou, citando o documento (realce meu):
(...) o Governo pretende posicionar o País como pioneiro na adopção de novos modelos para a mobilidade, que sejam sustentáveis do ponto de vista ambiental, que possam explorar a relação com a rede eléctrica e maximizem as vantagens da energia produzida a partir de fontes renováveis e, bem assim, se integrem mais harmoniosamente com o ritmo de funcionamento e desenvolvimento das cidades.Ou como, disse acima, cativar os privados a adquirir equipamentos de armazenamento de energia eólica excendentária.
Tendo em conta o seu custo e o facto de não serem, neste momento, economicamente competitivas parece-me despropositado que o Estado peça sacrifícios aos portugueses e depois gaste dinheiro em luxos.5- c) Aquisição anual de 20 % de viaturas automóveis eléctricas em processos de renovação da frota da administração central;
5-e) Promoção da prioridade à circulação de veículos eléctricos em vias de alta ocupação e criação de zonas preferenciais de estacionamento nos centros urbanos;Uma discriminação que considero injustificável e contra a qual já escrevi aqui.
Só para este ponto o fundo de apoio à inovação (FAI) do ministério da Economia que já referi aqui já atribuiu €3,2M para o arranque do Mobi.E, €1M para o Programa da Mobilidade Eléctrica e €3,3M para o projecto REIVE (Redes Eléctricas Inteligentes com Veículos Eléctricos). Não sou contra o financiamento de investigação mas sou contra a ideia de que é forçando adiminstrativamente a introdução de carros eléctricos que se vai obter a desejada eficiência energética no país.5-g) Implementação em Portugal de uma plataforma de investigação, desenvolvimento e teste de sistemas de gestão da mobilidade eléctrica.
A eficiência não pode ser o objectivo último da política energética de Portugal nem pode ser atingido aumentando a despesa pública. Deve correr paralelamente com a criação de um parque electropodutor bem dimensionado e sustentável.
Concordo inteiramente que se deva apostar nisso a nível da investigação até ser competitivo - como aliás em muitas outras coisas...
ResponderEliminarAinda a semana passada assisti a uma conferência - ELAB - em que se falou disso e de muitas outras coisas (eólicas, microredes). A nível académico tudo muito bem, mas confesso que quando eram as apresentações da EDP ficava com um nó no estômago...