Japoneses projectam central nuclear no Vietname

Esboço da primeira central nuclear vietnamita

Tóquio pode ter testemunhado recentemente uma manifestação de dezenas de milhares de japoneses contra a presença de centrais nucleares no país porém não é por vontade popular que as vantagens desta forma de energia ou as mais-valias económicas para uma nação que ainda tem elevado know-how na tecnologia se desvanecem.

Prova disso é o recente contrato celebrado entre a Japan Atomic Power Company (JAPC) e a companhia eléctrica estatal vietnamita (EVN) no sentido de a primeira auxiliar a segunda na elaboração de um projecto de construção de dois novos reactores nucleares.

O Vietname decidiu recentemente cobrir o crescimento de consumo eléctrico que vem sentido com a aposta na construção de 13 reactores nucleares que lhe garantirão 7% da produção em 2030. Os dois primeiros devem estar operacionais em 2020 e resultam de uma parceria com a Rússia, os dois japoneses devem estar concluídos em 2021 e 2022.

É útil as empresas nipónicas ligadas ao sector nuclear manterem a sua actividade pois esta onda anti-nuclear vai passar e o país vai precisar de renovar o seu parque de centrais nucleares. A Suiça, prudentemente, vai manter o know-how na área e a Alemanha não devia descurar este aspecto. Países que neste momento estão decididos a presncindir da produção de energia nuclear mas que irão esbarrar num futuro próximo, na impossibilidade técnica ou ambiental, de manter essa decisão.