segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Algarve vai produzir gás natural

O Ecotretas postou este fim de semana que o licenciamento de exploração de gás natural ao largo do Algarve vai finalmente, ao fim de quase dez anos, avançar. A reacção do lobby renovável não se fez esperar, nomeadamente através do Eng. Ângelo Correia que tem interesses no sector. Tudo porque a independência energética e a poupança de importação de combustíveis fósseis é uma dos grandes argumentos dos defensores da produção renovável, como ficou bem patente no recente estudo da APREN.

Estima-se que as reservas algarvias tenham capacidade para 10 anos de consumo nacional. É pena que este potencial algarvio não seja todo aproveitado pelo castramento actual do funcionamento das centrais de ciclo combinadoem virtude da primazia dada ao consumo de energia eléctrica renovável. Infelizmente terá de ser assim durante mais alguns anos. Pelo menos enquanto os parques eólicos portugueses, cuja possibilidade de se desligarem da rede não foi acautelada, não forem desmantelados.

5 comentários:

  1. O abandono da energia nuclear é uma opção política tomada em diversos países A Suécia foi o primeiro país onde foi proposto (1980). Seguido da Itália (1987), Bélgica (1999), Alemanha (2000) e Suíça (2011). Áustria, Holanda, Polónia, Espanha já promulgaram leis que paralisaram a construção de novos reactores nucleares. No caso de Espanha é bem conhecido de todos a suspensão da construção de novas centrais de iniciativa publica pela "Moratória Nuclear em 1997". Como sabe todas as centrais nucleares Espanholas em funcionamento, são anteriores a 1986 "segunda-geração", sendo que elas terão uma vida útil, no máximo até 2030. Agora expliquem-me como será possível fazer um investimento de iniciativa privada em 18 centrais nucleares ibéricas nos próximos anos.

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  2. Chega de pensar pequenino, dentro da caixinha!
    CHEGA!

    http://oportugalbipolar.blogspot.com/2011/10/chega-de-pensar-pequenininho-dentro-da.html

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  3. Caro João Luís,

    Todas essas decisões são revogáveis. Se bem sabe em 2010 a Alemanha decidiu prolongar a vida útil das suas 17 centrais

    http://luzligada.blogspot.com/2011/06/o-ping-pong-de-merkel.html

    Acho que quando Espanha começar a amortizar o seu défice tarifário, dez vezes superior ao nosso, os espanhóis vão reconsiderar eliminar a produção nuclear.

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  4. Caro Bruno Carmona,

    Queira desculpar, mas não apontou uma solução para o financiamento desse mesmo parque Nuclear.

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  5. Caro João Luís,

    Não tenho resposta para tudo e não consigo prever o futuro. Mas o processo pode ser semelhante ao plano nacional de barragens que atraiu a EDP e eléctricas espanholas. Para além disso o mercado ibérico deve caminhar para uma total liberalização e nessa altura a produção nuclear é atractiva para investimento privado.

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