quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Desmontagem da propaganda renovável

O aparecimento de opiniões sérias e reflectidas sobre as energias renováveis na imprensa portuguesa é refrescante e fundamental. A propaganda demagógica e mentirosa da pensamento pró-renovável português precisa de ser questionado. O jornal de negócios publicou este artigo de opinião de um investigador alemão a rebater a proposta do Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, de a Grécia apostar nas energias renováveis para dar o pontapé de saída para a sua recuperação.

É verdade que a Grécia, cuja geração eléctrica assenta quase exclusivamente em centrais termoeléctricas a carvão (60%), gás natural (20%) e, nas ilhas, petróleo (8%), terá de solucionar a prazo este desastre ambiental. No blog "a ciência não é neutra" existe informação mais completa sobre a Grécia nesta matéria.

Do que a Grécia menos precisa é do nascimento de mais indústrias subsidiadas pelo estado como é o caso das energias renováveis. Ainda para mais a caríssima energia solar, como sugere Wolfgang Schäuble. A exploração de energia solar na Grécia é possível mas nunca em larga escala devido aos impactos económicos e aos constrangimentos técnicos bem abordados por Zachmann no seu artigo.

4 comentários:

  1. Bem, mas também é preciso ter algum cuidado na defesa de uma fonte que, embora inesgotavel e eficiente, pode causar danos irreparaveis, ao ambiente e às pessoas.

    Ora veja:

    http://www.tvi24.iol.pt/internacional/japao-cesio-tvi24-radioactividade-fukushima/1275880-4073.html

    Rb

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  2. A energia nuclear parece ser a melhor de todas, em termos de eficiencia, mas caramba, um qualquer erro, guerra, furacão, tremor de terra, pode colocar toda uma região em perigo radioactivo irreparavel. E não é nada dificil que possa acontecer rupturas nas centrais. A natureza tem dessas coisas.

    Eu,pessoalmente, não investiria o meu dinheiro numa central ali pela zona de Lisboa ou Algarve...

    Talvez seja esse o motivo pelo qual as seguradoras não seguram esse tipo de investimentos. A tecnologia ainda não é limpa e segura.

    Seguro seguro é não fecharmos alternativas energéticas e fomentar o uso de energias que possam ser produzidas e armazendas no próprio país, sem depender dos humores de terceiros.

    Mas tambem lhe digo, se Espanha tem centrais perto de Portugal, e que nos atinge facilmente em caso de ruptura, tambem não faz sentido não colocarmos um ou duas na fronteira para nosso beneficio. Portugal e Espanha, pela localização que tem, devem ter politicas concertadas a esse nivel.

    Rb

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  3. Caro Rb,

    Está equivocado quando diz que a a energia nuclear não é limpa, segura ou capaz de ser segurada.

    São três mitos que vou continuar a desmontar no blog.

    Não sou contra a utilização de fontes renováveis. Sou contra o seu uso excessivo.

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  4. Não sou totalmente contra a energia nuclear, mas também não sou totalmente a favor da sua introdução, (as protosta de instalação de uma central são sempre lá prá fronteira, nunca onde é necessária mais energia).
    É preciso ter em conta que a tecnologia nuclear é relativamente recente e que só agora se dão os primeiros passos no sentido de dar rumo aos resíduos, que para além de materiais altamente radiactivos como seja o Plutónio, incluem instrumentos, fatos de protecção e outros equipamentos usados no manuseamento de material radioactivo. A melhor forma de dar rumo a estes equipamentos resume-se a encerra-los em contetores de super-betão e depois ...talvez no fundo duma antiga mina ou do oceano.
    Para além disso há um senão que ainda não está a ser contabilizado e que se prende com os custos de descontaminação de uma central, depois de desactivada. Quem paga a descontaminação? - Os mesmos que pagam a sua construção?

    Quanto às novas fontes de energia é preciso não sermos "velhos do restêlo". Todos estamos de acordo que precisamos de energia o mais limpa possivel e a persistência em dizer que a evolução da energia solar é "ecotópica" parece-me pouco razoavel.Ainda pra mais vinda de pessoas ligadas à cinência. Basta termos em conta a enorme quantidade de inovações que foram criticadas quando foram inventadas e que hoje são, não só imprescindíveis, como banais. Para além disso, o Sol produz mais energia num segundo do que todas as centrais nucleares juntas existentes hoje no mundo e, nós, só temos que aprender como como a recolher e utilizar.

    Luiz Rodrigues

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