terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fukushima caminha para a normalidade

Vista da cidade de Fukushima
Aos poucos a província de Fukushima vai regressando à normalidade. As autoridades japonesas vão, dentro de pouco tempo, e a menos que medições constantes de radiação desaconselhem, permitir que os antigos residentes num raio de 3km da acidentada central de Fukushima-Daiichi visitem as suas propriedades. Também vão ser aligeirados os requisitos de preparação para evacuação a quem morar nas zonas de exclusão de 20 e 30km.

Como já mostrei aqui, a radioactividade na cidade de Fukushima, que dista 50km da central, tem níveis  não muito diferentes de Lisboa. A maior alteração na economia da zona em consequência do desastre nuclear têm sido os entraves à comercialização de produtos agrícolas. A percentagem dos que ficam acima dos valores máximos de radiação permitidos são poucos, no entanto, faltam máquinas medidoras de radiação o que obriga a grandes demoras dos agricultores para poderem certificar os seus produtos.

Para o país as consequências económicas podem ser bem mais graves. De acordo com o Institute o Energy Economics of Japan (IEEJ) se as centrais nucleares japonesas paradas depois de 11 de Março não arrancarem até Setembro este irá sofrer, em 2012, uma recessão com a consequência de uma perda de 5,6% no PIB nacional.

Alheio a isto tudo o Primeiro Ministro japonês, Naoto Kan, preferiu, num acto da mais pura demagogia, invocar a energia nuclear durante a cerimónia dos 66 anos da bomba de Hiroshima.

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