Vista da cidade de Fukushima |
Como já mostrei aqui, a radioactividade na cidade de Fukushima, que dista 50km da central, tem níveis não muito diferentes de Lisboa. A maior alteração na economia da zona em consequência do desastre nuclear têm sido os entraves à comercialização de produtos agrícolas. A percentagem dos que ficam acima dos valores máximos de radiação permitidos são poucos, no entanto, faltam máquinas medidoras de radiação o que obriga a grandes demoras dos agricultores para poderem certificar os seus produtos.
Para o país as consequências económicas podem ser bem mais graves. De acordo com o Institute o Energy Economics of Japan (IEEJ) se as centrais nucleares japonesas paradas depois de 11 de Março não arrancarem até Setembro este irá sofrer, em 2012, uma recessão com a consequência de uma perda de 5,6% no PIB nacional.
Alheio a isto tudo o Primeiro Ministro japonês, Naoto Kan, preferiu, num acto da mais pura demagogia, invocar a energia nuclear durante a cerimónia dos 66 anos da bomba de Hiroshima.
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