Em Julho de 2011 a China ligou à rede um reactor nuclear experimental de neutrões rápidos de 20MWe. Desde essa altura o programa nuclear chinês foi temporariamente parado devido ao acidente de Fukushima. Mas tal como o Japão vai retomar a construção de novas centrais também a China reactivou o seu programa nuclear.
Um dos projectos aprovados é para a construção de um reactor comercial do tipo Gas-Cooled Fast Reactor (GFR) de 200MWe, um investimento de $476 milhões. Os reactores GFR são tipo de reactores na quarta e nova geração de reactores nucleares.
Outro projecto de $350 milhões está a nascer no Shanghai Institute of Nuclear and Applied Physics e visa desenvolver novos reactores para usarem Tório como combustível. O investimento prevê ocupar 750 cientistas em 2015. É provável que o Tório se torne no "combustível" nuclear mais usado dentro de algumas décadas. Também a Índia e a Noruega, dois países com importantes reservas deste metal, estão a fazer investigação nesta área.
Enquanto a Alemanha está a voltar ao passado trocando centrais nucleares por queima de carvão, os chineses estão apostados em liderar a tecnologia nuclear e passar dos actuais 12,54GWe de potência instalada para 40GWe em 2015.
A energia nuclear pode estar à beira de entrar um ciclo de investimento que não se via desde a Guerra fria. E desta vez a motivação não será o desenvolvimento de ogivas nucleares mas a independência energética e previsibilidade de custos de produção eléctrica.
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