quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Assim se faz consenso científico

Ferenc Miskolczi é um investigador húngaro na área do clima. No início de 2007 foi publicado um paper da sua autoria na revista do Instituto Meteorológico Húngaro, Idojaras. O paper tem o título
Greenhouse effect in semitransparent planetary atmospheres e defende que o efeito de estufa numa atmosfera como a da Terra tem um limite independentemente da concentração de CO2 (e outros gases de efeito de estufa) que possa exisitir.

As conclusões deste paper anulam a ideia popular, mas nunca demonstrada cientificamente ou medida na natureza, de que o efeito de estufa e consequente aumento de temperatura acompanha a quantidade de gases de efeito de estufa na atmosfera.

A ideia de que o potencial de efeito de estufa na Terra é infinito é uma extrapolação de estudos realizados anteriormente. Em 1922 o astrofísico inglês Arthur Eddington teceu conclusões sobre o efeito de estufa em estrelas como o Sol. Mais recentemente, o astrofísico americano James Hansen, o pai da moderna teoria do aquecimento global, começou a a sua actividade profissional por estudar a atmosfera de Vénus. Naturalmente, as condições no Sol, Vénus e Terra são incomparáveis. Basta pensar que os maiores reguladores de temperatura e CO2 na Terra, os oceanos, estão ausentes nas estrelas ou em Vénus.

O autor esclarece nesta entrevista os resultados a que chegou:
Our atmosphere, with its infinite degree of freedom, is able to maintain its global average infrared absorption at an optimal level. In technical terms, this “greenhouse constant” is the total infrared optical thickness of the atmosphere, and its theoretical value is 1.87. Despite the 30 per cent increase of CO2 in the last 61 years, this value has not changed. The atmosphere is not increasing its absorption power as was predicted by the IPCC.
Os resultados de Miskolczi foram corroborados mais recentemente neste paper de onde tiro as seguintes conclusões:
(...)conceived to explain the enormous “greenhouse effect” in the Sun’s atmosphere, where the inside temperature is a thousand times the surface temperature. The Sun has no surface, and the sun’s atmosphere is a plasma; its optical density is many orders of magnitude higher than that of our atmosphere, therefore an infinite approach does not bring large errors. But on Earth it cannot use infinity(...)
Tão interessante quanto o contributo que o paper de Miskolczi deu para a modelação matemática do clima da Terra é a história atribulada da publicação do documento. Miskolczi sentiu aquilo que quase todos os cientistas sentem quando submetem à aprovação em revistas científicas documentos que contradigam o aquecimento global, uma forte oposição. O paper de Miskolczi foi recusado pelas publicações Applied Optics, Journal of Geophysical Research, Science, Tellus-B e Astrophysical Journal. Não chumbou na revisão científica, simplesmente não foi considerado.


Em 2006, na altura em que o cientista concluiu o estudo ele trabalhava para uma empresa que subcontratada NASA, a mesma NASA do James Hansen e um dos principais redutos de alarmistas do aquecimento global. Internamente Miskolczi foi aconselhado a "esquecer" o estudo e acabou por deixar a empresa em que trabalhava em Outubro desse ano, três meses antes da publicação do paper na revista Idojaras.

E assim, abafando a ciência real, consegue-se o prezado consenso.

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