sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A esquerda também não gosta de shale gas

Os socialistas/comunistas convertidos a ecologistas não gostam de energia nuclear e definitivamente também não aprovam as novas fontes não convencionais de combustíveis fósseis. Um pouco por toda a parte organizam-se manifestações a pedir a proibição da sua exploração. Também a esquerda caviar de Hollywood, sempre atraída pela visão populista sobre assuntos dos quais nada entende, produziu o filme Promised Land que chegará brevemente aos cinemas. O filme conta a história de representantes de uma empresa de hydraulic fracking que se deslocam a uma comunidade rural em dificuldades financeiras com promessas de fortuna através da exploração de shale gas. Mas são desmascarados por professores activistas que mostram o seu lado destruidor. É essa a visão ecologista das empresas de combustíveis fósseis. Na procura incessante de riqueza prometem o paraíso mas produzem o inferno. Para os ecologistas o hydraulic fracking é uma forma inaceitável de destruir o ambiente para manter o vício dos combustíveis fósseis. Tal como as centrais nucleares são fábricas de bombas atómicas e bombas relógio que inevitavelmente espalham uma morte invisível de radiação.


Agora que algumas empresas fazem prospecção em Portugal para avaliarem a viabilidade comercial de alguns núcleos de shale gas e shale oil, o Bloco de Esquerda (BE) quer que o governo proíba a sua exploração.

Diz o BE que estas novas fontes não convencionais de combustíveis fósseis “são a marca de um modelo energético falhado” o que mostra a objectividade do protesto. A própria notícia do Público mais abaixo contradiz:
A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.
O BE também alega que o hydraulic fracking "deteriora a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”. Outra evidência tão clara como a energia nuclear ser a coisa mais perigosa que o Homem já produziu. Nenhuma actividade humana é isenta de riscos e falhas. Não será o hydraulic fracking a contrariar essa verdade. Mas a técnica está madura e perfeitamente industrializada (pelo menos nos EUA) e os seus benefícios económicos e ambientais ultrapassam largamente os riscos de contaminação de solos e fontes subterrâneas de água.

Se quisermos uma prova do impacto ambiental do shale gas até podemos usar o indicador que os ecologistas mais gostam, a emissão de dióxido de carbono. Ainda que errado dado que o CO2 não é um poluente, a exploração de shale gas nos EUA deu um forte contributo para a redução das emissões de CO2.
De acordo com a Energy Information Administration (EIA) o sector electroprodutor americano emitiu em 2012 a mesma quantidade de CO2 que em 1992. Em grande parte graças à troca de queima de carvão por gás natural, mais barato devido à exploração de fontes não convencionais.

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