Agora que algumas empresas fazem prospecção em Portugal para avaliarem a viabilidade comercial de alguns núcleos de shale gas e shale oil, o Bloco de Esquerda (BE) quer que o governo proíba a sua exploração.
Diz o BE que estas novas fontes não convencionais de combustíveis fósseis “são a marca de um modelo energético falhado” o que mostra a objectividade do protesto. A própria notícia do Público mais abaixo contradiz:
A exploração de hidrocarbonetos não-convencionais tem subido significativamente desde 2008, sobretudo nos Estados Unidos, provocando uma autêntica revolução nos fluxos e nos preços da energia. A Agência Internacional de Energia estima que até 2020 os EUA terão ultrapassado a Arábia Saudita e a Rússia, tornando-se no maior produtor mundial de petróleo.O BE também alega que o hydraulic fracking "deteriora a qualidade e as condições de vida das populações envolventes e a sustentabilidade ambiental do planeta”. Outra evidência tão clara como a energia nuclear ser a coisa mais perigosa que o Homem já produziu. Nenhuma actividade humana é isenta de riscos e falhas. Não será o hydraulic fracking a contrariar essa verdade. Mas a técnica está madura e perfeitamente industrializada (pelo menos nos EUA) e os seus benefícios económicos e ambientais ultrapassam largamente os riscos de contaminação de solos e fontes subterrâneas de água.
Se quisermos uma prova do impacto ambiental do shale gas até podemos usar o indicador que os ecologistas mais gostam, a emissão de dióxido de carbono. Ainda que errado dado que o CO2 não é um poluente, a exploração de shale gas nos EUA deu um forte contributo para a redução das emissões de CO2.
De acordo com a Energy Information Administration (EIA) o sector electroprodutor americano emitiu em 2012 a mesma quantidade de CO2 que em 1992. Em grande parte graças à troca de queima de carvão por gás natural, mais barato devido à exploração de fontes não convencionais.
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