Num post anterior levantei a questão de se abrir um novo aeroporto em Lisboa (mesmo que com baixo investimento) quando a Portela ainda não esgotou a sua capacidade de tráfego. A localização urbana do aeroporto da Portela, ainda que condenada a prazo por razões ambientais e de segurança, é uma mais-valia competitiva da capital portuguesa face a congéneres europeias. A proximidade do aeroporto ao centro da cidade é um aspecto decisivo para gerar em Portugal tráfego de escapadelas de fim de semana ou conferências.
Relocalizar parte do tráfego aéreo para mais longe do centro terá um impacto negativo no número de passageiros que nos visitam. As companhias low cost sabem isso por isso não admira que a EasyJet não esteja radiante para sair da Portela. A menos que sejam dados incentivos suficientemente interessantes para esta mudança ou, dito de outra forma, se reúnam todas as condições.
Depois de Beja parece-me que pode estar em estudo outro elefante branco, daqueles que sobrevivem à custa de dinheiros públicos, assentes em vontade política pouco clara e não em razões objectivas de mercado.
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