Infelizmente o vento não sopra onde se quer e no caso alemão ele é mais forte no Mar do norte onde se estão a construir caríssimos parques offshore. Porém o grande consumo alemão situa-se no sul do país nas cidades industriais como Munique ou Estugarda. E a rede eléctrica alemã está no limiar da sua capacidade e não dispõe de linhas de alta-tensão em quantidade suficiente a atravessar o país de norte a sul. E não disporá tão cedo, não só porque obrigará a um investimento muito avultado, mas também porque os mesmos grupos "verdes" alemães que querem trocar nuclear por renováveis boicotam a edificação de postes de alta-tensão na paisagem alemã. A prazo isso poderá significar que em momentos de produção máxima dos parques offshore esta venha a ser superior à capacidade de escoamento da rede, um problema que já acontece na China e na Escócia.
Este desperdício poderá acontecer mais cedo do que o previsto. Até agora a Alemanha exportava para os países vizinhos o excesso de eólica mas o jornal alemão Die Welt publicou um artigo (que o blog NoTricksZone traduziu) que dá conta que a Polónia e a República Checa pretendem instalar meios de bloquear a entrada nas suas redes dos picos de produção renovável alemã. A Agência alemã para a energia (dena) comentou assim a decisão dos vizinhos do leste:
The use of phase shifters will have the consequence that windparks in Eastern Germany will have to be shut down more often in the future because the power will have no way of being delivered to the markets.Há semelhança daquilo que acontece na Escócia os produtores eólicos alemães não sofrerão com este problema já que recebem sempre por aquilo que produzem, mesmo que essa energia não seja distribuída na rede.
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