domingo, 23 de outubro de 2011

Kyoto vai morrer em Durban?

Vai realizar-se entre 28 de Novembro e 9 de Dezembro em Durban, África do Sul, a Conferência das nações Unidas para as Alterações Climáticas com a presença de representantes de 200 países. Um dos assuntos em agenda é a revisão do Protocolo de Kyoto que termina no final de 2012.

Mas como nota o Der Spiegel o mais provável é não haver seguimento e o Protocolo de Kyoto morrer dentro de um ano. Em boa verdade apenas a Europa levou a missão preconizada pelo Protocolo verdadeiramente a sério. Outros países desenvolvidos caso dos EUA, Canadá ou Austrália viram as suas emissões de CO2 aumentar desde 1997, o ponto de partida do actual Protocolo de Kyoto. Como se pode ver no gráfico, graças ao contributo da China e de outros países em desenvolvimento o valor de emissão de 1997 foi largamente ultrapassado em 2010. Mesmo que a EU mantenha os seus compromissos no que toca a emissões de CO2 eles valem apenas 15% das emissões globais pelo que o impacte não é significativo.

O fim do Protocolo de Kyoto poderá a prazo ditar o fim do comércio de créditos de carbono na Europa conhecido como European Trading Scheme (ETS). Se isso acontecer a sustentabilidade do modelo eléctrico nacional estará em maior risco. Se o ETS acabar devem ser introduzidas em Portugal (e desejavelmente na EU) taxas sobre emissão de "verdadeiros" poluentes caso de NOx, SO2 ou partículas. Taxas que reflictam verdadeiramente os danos ambientais provocados por cada forma de produção de energia eléctrica. Desconfio que a Alemanha, altamente dependente de carvão, não seria grande adepta da medida.

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