segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Reino Unido e Portugal diminuem subsídios à microgeração solar

Depois de, em Agosto, ter reduzido as tarifas feed-in ao solar em larga escala o Department of Energy and Climate Change (DECC) britânico propôs hoje a diminuição em 55% dos subsídios à geração solar doméstica, mas apenas para instalações posteriores a 2011. Os projectos até 4 kW passarão a receber 21p/kWh  em vez dos actuais 43,3p/kWh. De acordo com o DECC os novos valores reflectem um abaixamento de 30% no preço dos equipamentos. Se nada fosse feito:
by 2014-15 FITs for solar PV would be costing consumers £980 million a year, adding around £26 (2010 prices) to annual domestic electricity bills in 2020. Our proposals will restrict FITs PV costs to between £250-280 million in 2014-15, reducing the impacts of FITs expenditure on PV on domestic electricity bills by around £23 (2010 prices) in 2020.
2012 tambem traz novidades à microgeração solar portuguesa. Saiu na sexta-feira passada a Portaria n.º 284/2011 que estabelece uma remuneração de €326/MWh nos primeiros 8 anos e de €185/MWh nos últimos 7 anos. A quota de potência a instalar anualmente também cai de 25 MW para 10 MW. 

A presidente da Associação Portuguesa da Indústria Solar (Apisolar), Maria João Rodrigues, disse ao jornal de negócios que o novo enquadramento cria um "ambiente de choque" entre os empresários do sector.

Da minha parte saúdo a portaria, só acho que o "haircut" na quota devia ter sido 10 MW maior. Pelas razões que defendo aqui a microgeração devia acabar quanto antes. Para o problema energético do país esta portaria não terá impacto visível.



3 comentários:

  1. Sabia que com as perspectivas futuras do preço de energia em regime geral, e a previsão do abaixamento dos painéis solares fotovoltaicos em 60% até 2020, prevê-se que a energia gerada por estes passe a ser mais barata que a comprada à rede. A paridade vai chegar mais rápido do que se pensa. Não haverá assim necessidade de subsidiar mais este tipo de instalações, estas serão até bastante competitiva. Já imaginou o que será gerar energia no próprio local de consumo, e de forma barata, sem nenhum prejuízo ambiental. Bem sei que não boas noticias, para o lobby nuclear, mas contra factos não haverão argumentos.

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  2. Caro anónimo,

    Para mim a paridade nunca chegará demasiado cedo. Tirando o facto de ser pouco eficiente e portanto ineficaz em larga escala nada tenho contra microgeração per si para consumo doméstico. Tenho contra a susidiação. Se o nuclear precisasse de FIT de €200/MWh eu seria contra o nuclear.

    Mesmo com solar competitivo o Mundo não pode prescindir de nuclear. Pense na diferença de escala e produtividade.

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  3. Sr. anónimo os painéis solares até podiam ser dados de graça, mas isso não resolve 2 problemas.
    Primeiro: o sol só brilha 12 horas por dia, então à noite a rede eléctrica que fornece energia a industria, habitações, etc, tem de ir buscar energia a outra fonte.
    Segundo: os painéis foto-voltaicos têm um rendimento térmico de 20%.
    Exemplo: um painel solar recebe 1000 Watts por hora do sol, com um rendimento térmico de apenas 20%, este painel contribui para uso domestico com 200 watts hora, os restantes 800 watts perdem-se.
    Reconheço que não sei quantos metros quadrados de painéis solares são necessários para tornar uma habitação auto-suficiente em energia durante 12 horas no máximo por dia.
    Conclusão, tem de haver sempre centrais hidroeléctricas ou a carvão ou nucleares para o fornecimento de energia a uma habitação de forma estável, 24 horas por dia. As energias renováveis são instáveis, o sol só dá energia com o céu limpo, os painéis solares são muito vulneráveis aos elementos, rapidamente ficam sujos, precisam de vigilância e manutenção constante para funcionarem com rendimento máximo, isso reflecte-se no preço final em microgeração.
    Há painéis solares com 32% de rendimento feitos de arsenieto de gálio, GALLIUM ARSENIDE em inglês, procure na wikipedia inglesa os efeitos para as pessoas e ambiente, para o senhor tirar as suas próprias conclusões.
    Se o lobby nuclear fosse tão poderoso quanto imagina, a Alemanha não iria fechar todas as suas centrais nucleares, começava era a construir mais. Os únicos lobbys que eu vejo por ai são o VERDE-UTÓPICO e o CENSURA-VERDE.

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