terça-feira, 8 de novembro de 2011

Encerrar centrais nucleares antes de tempo sai caro

Central nuclear de Krummel operada pela Vattenfall
O encerramento prematuro de algumas centrais nucleares alemãs pode sair caro aos consumidores. E nem me refiro à perda de receitas das taxas de combustível. Refiro-me a avultadas indemnizações que podem decorrer de processos judiciais. Uma das empresas que está preparar uma queixa é, de acordo com o Der Spiegel, a Vattenfall. A Vattenfall é co-proprietária e responsável pela operação das centrais de Brunsbüttel e Krümmel, forçadas a parar depois da moratória do governo federal alemão. Segundo o jornal, a Vattenfall vai processar o estado alemão em mil milhões de euros pelo fecho das duas centrais nucleares nos arredores de Hamburgo e o facto de ser uma empresa sueca dá-lhe à partida maiores possibilidades de vitória.

No Japão o governo aprovou um pacote de resgate de 900 mil milhões de Yenes (ou €8,7 mil milhões) para salvar a TEPCO da falência. O pacote foi aprovado depois da empresa ter dito que ia cortar 7.400 postos de trabalho e reduzir os custos em 7,4 biliões de Yenes. A TEPCO é uma das maiores utilities do mundo e detém a central de Fukushima II devastada pelo tsunami de 11 de Março. Até essa data, dos 62,8 GW de potência eléctrica que possui cerca de 17,3 GW são de fonte nuclear. Hoje em dia a maior parte desta potência não está disponível, quer pelo acidente em Fukushima I quer pela paragem imposta à central de Kashiwazaki-Kariwa.

Os custos associados ao acidente de Fukushima podem totalizar 4,5 biliões de Yenes em dois anos. Some-se a esse valor um aumento de 1,5 biliões anuais em consumo de combustíveis fósseis para compensar a perda de capacidade de geração atómica.

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