segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Serão assim tão poucos os apoiantes portugueses do nuclear?

A coisa que mais me tem impressionado desde que iniciei este blog e que inevitavelmente me leva a conversar mais sobre este assunto com amigos e não só é a quantidade de portugueses que apoia a introdução de energia nuclear em Portugal. Naturalmente não conheço pessoas suficientes para poder ter uma amostra do país nem, seguramente, o leque de pessoas com quem falo é representativa da população portuguesa mas ainda assim surpreende-me a quantidade de pessoas que nada têm contra a introdução de energia nuclear em Portugal se daí resultarem benefícios. A questão está longe de ser considerada prioritária mas em todo o caso não se opõem.

Creio que não dão muita relevância à questão porque, mesmo aqueles que não são anti-nuclear, têm a ideia de que as energias renováveis são baratas e sustentáveis. É inegável que a propaganda de Manuel Pinho, José Sócrates, António Sá da Costa entre outros foi eficaz e está largamente difundida na população portuguesa, mesmo entre engenheiros, economistas e pessoas com maior capacidade analítica.

Pode parecer contraditório mas sou da opinião que quanto mais pobre o país ficar mais oportuna e possível será a construção de uma (ou duas) centrais nucleares em Portugal. Quanto mais pobre o país estiver maior enfoque será colocado no preço da energia eléctrica, logo maior ambiente existirá para a aposta nuclear. O lançamento do terceiro manifesto do movimento Energia para Portugal acontece, por isso, no momento exacto.

E para os mais cépticos deixo este link da World Nuclear News que divulga uma sondagem na Grá-Bretanha que mostra que os britânicos consideram que a renovação do parque de centrais nucleares é o investimento em infraestruturas mais relevante que o governo de Cameron pode fazer.

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