terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A desindustrialização do Ocidente prossegue

Deixo este excelente artigo que resume como, apesar dos largos incentivos que os EUA e a EU dão às novas renováveis, em nenhum país elas foram capazes de atingir uma percentagem apreciável do mix electroprodutor. Pelo contrário, as empresas destes países ligadas ao sector têm falido umas atrás das outras. Com a factura renovável tornar-se incomportável mesmo países ricos como a Alemanha e Reino Unido abrandam o investimento nas soluções renováveis.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pequena metáfora sobre combustíveis e energia

Imagine que está com fome e lhe oferecem uma maçã já descascada, outra por descascar e ainda uma outra na árvore por apanhar. Por qual começaria? A descascada evidentemente, igual proveito, consumo imediato e menos trabalho.

Agora imagine que está sedento de energia, o que vai fazer? Explorar as fontes mais fáceis e imediatas. Há cem anos isso queria dizer fazer um furo na terra e deixar jorrar petróleo. Um dia este petróleo imediatamente acessível acabará como você acabará de comer a sua mação descascada. E depois? Depois pegará numa faca e descascará a outra maçã que lhe deram. O hydraulic fracking é a faca que permite descascar combustíveis fósseis que não jorram através de um furo. Eles estão lá para suprir as nossas necessidades energéticas, apenas exigem mais algum trabalho na sua recolha.


Depois de comer as duas maçãs terá de se esforçar um pouco mais, subir à árvore e apanhar a terceira. A obtenção de combustíveis fósseis sofrerá a mesma evolução. Teremos de de desenvolver métodos cada vez mais evoluídos para obter o que precisamos. 

Mas e se acabarmos com todas as maçãs da macieira? Comeremos bananas, pêras ou laranjas. A comida não acaba, existe sob diversas formas. O mesmo se passa com a energia, ela não vai acabar, apenas existe em diversos formatos e sabores. As preocupações com o peak oil ou peak de outra coisa qualquer não fazem sentido e revelam apenas ignorância. Se por acaso um tipo de energia primária acabar simplesmente usaremos energia primária armazenada de outra forma. Mais difícil de usar certamente, mas a história humana já mostrou que a nossa espécie se desvencilha muito bem e encontra forma de sobreviver e desenvolver.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Alemanha que limitar subvenções para renováveis

Existem limites para a subsidiação massiva num Estado, até para o de um dos países mais ricos do mundo com a Alemanha. O seu Ministro do ambiente, Peter Altmaier, vai propor legislação para estabelecer um tecto para a quantidade de dinheiro que os consumidores alemães têm de pagar para viabilizar a produção de energia a partir de fontes renováveis (solar, eólica e biomassa). O facto de a proposta partir de Peter Altmaier diz bem sobre a situação insustentável a que se chegou.

Naturalmente esta proposta foi considerada ultrajante pelos partidos de esquerda. Para o SPD e "verdes" It will have massive consequences for the green revolution, it hasn't been thought through. Claro que sim, as energias renováveis não sobrevivem sem subvenções. Esta medida, se aprovada, é como tirar uma carta do andar de baixo de um castelo de cartas.